sexta-feira, 29 de julho de 2011

MORTE DO AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL: TESTEMUNHAS CONFIRMAM VERSÃO DOS PMs.

Cia Campo Grande
Os dois amigos do agente penitenciário federal Iverildo Antônio da Silva, morto em uma operação policial na cidade de Campo Grande, prestaram depoimento a polícia civil e confirmaram parcialmente a versão dada pelos policiais da cidade. As duas testemunhas confirmaram que o agente penitenciário sacou sua pistola e apontou em direção a um dos militares. As dúvidas sobre as circunstâncias da operação serão esclarecidas durante reprodução simulada, que deve ocorrer na quarta-feira.

De acordo com o delegado Getúlio Medeiros, que preside as investigações, os dois amigos do agente penitenciário - nomes preservados pela Polícia - confirmaram praticamente tudo que havia sido falado pelos três policiais militares que estavam na ocorrência e outras três testemunhas que presenciaram a operação policial. "Bateu com praticamente tudo que já havia sido colhido até agora. Houve apenas algumas divergências que deverão ser esclarecidas no fim da investigação", resumiu o delegado, referindo-se ao momento crítico da operação, quando o agente penitenciário federal foi baleado.

Segundo os policiais, o agente penitenciário sacou sua arma e apontou em direção a eles e todos atiraram durante a troca de tiros. Entretanto, na versão dos dois amigos do agente, apenas o soldado Soares teria atirado, enquanto os outros dois, tenente Costa Silva, comandante do Pelotão de Campo Grande, e o soldado Felipe, teriam se esquivado. Para o delegado Getúlio Medeiros, a distorção nesse ponto da narrativa pode ter sido uma tentativa dos militares (que não atiraram) de serem solidários com o colega (que atirou). "Os PMs podem ter combinado de afirmar que todos atiraram", diz.

"Vão querer ajudar o amigo e acabam atrapalhando, obstruindo a investigação. Isso é muito infantil, porque a perícia vai detectar tudo, vai dizer quem atirou e quem não atirou. Em vez de ajudar, às vezes pode até atrapalhar o colega", acrescenta Getúlio Medeiros, que espera esclarecer todas essas questões a partir do resultado de exames periciais feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró, além da reprodução simulada, que deve acontecer na próxima quarta-feira, em Campo Grande, lembrando que os dois policiais que disseram não ter atirado, podem ser punidos por isso.

Por enquanto, todos os elementos contidos na investigação apontam para um desentendimento entre o agente penitenciário e soldado Soares, que fez a abordagem inicial ao lado do soldado Felipe. Soares e Iverildo teriam discutido sobre a utilização de um som automotivo. Os dois militares saíram do local, chamaram o comandante, tenente Costa Silva, e foram novamente à procura do agente penitenciário. Foi justamente nessa hora que Iverildo e Soares sacaram suas armas. Por enquanto, a Polícia ainda não sabe quem sacou a arma ou quem atirou primeiro nem se a vítima atirou mesmo.

ENTENDA O CASO: Na madrugada do dia 23 de julho, um agente penitenciário federal se recusou a desligar o som do seu veículo na cidade de Campo Grande, houve um desentendimento entre o agente e uma guarnição da polícia militar onde o agente teria sacado sua pistola e atirado contra os policiais, a PM revidou e alvejou o agente com vários disparos de arma de fogo, o mesmo foi socorrido para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbto na unidade hospitalar.
Fonte: Jornal de Fato

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